28 de março de 2013

Vigilância Sanitária intensifica fiscalização para Semana Santa

Confira as dicas para evitar a compra de produtos impróprios para o consumo

Até o fim da Semana Santa, no Domingo de Páscoa (31/03), a Vigilância Sanitária do município vai intensificar as fiscalizações em peixarias, supermercados, distribuidores e demais pontos de venda de pescado e de outros produtos típicos da época, como chocolate. O objetivo é garantir a qualidade dos produtos consumidos por grande parte da população nesta semana, quando aumenta a procura por determinados itens, em especial os diversos tipos de peixe.

Nesta quarta-feira (27/03), a Vigilância Sanitária percorreu o Mercado do Produtor, na Barra da Tijuca, onde foram realizadas 23 inspeções nos boxes e restaurantes do estabelecimento. Sete boxes foram notificados e multados, e dois deles interditados por falta de asseio e recusa na entrega da documentação exigida. Um restaurante também foi multado. Durante a ação, 28 kg de pescado foram inutilizados por agentes da Vigilância por estarem impróprios para consumo.

Segundo a médica-veterinária da Vigilância Sanitária Gisela Huppem, os consumidores devem ter atenção especial para o pescado fresco, salgado e seco, produtos que podem ter a qualidade comprometida por armazenagem, conservação e condições de higiene inadequadas, causando sérios danos à saúde do consumidor:

- Intensificamos a fiscalização para garantir que os revendedores trabalhem dentro das normas sanitárias e que a parte de manipulação também seja adequada. Na hora de adquirir o produto, é importante sempre observar as características de viçosidade e frescor; os olhos dos peixes devem estar com cara de vivo; as guelras não devem ter coloração escurecida ou escamas saltando; o peixe não pode ter odor ruim e gosma, e a barriga não pode estar muito estendida nem encolhida.

Para evitar riscos, a Vigilância orienta o cidadão a estar sempre atento às condições de higiene e limpeza do estabelecimento e de seus funcionários (que devem estar uniformizados e com toucas na cabeça) e às alterações sensoriais dos produtos (cor, sabor, odor, textura e aparência externa). Diante de qualquer irregularidade, o consumidor deve denunciar o estabelecimento através da Central de Atendimento ao Cidadão da Prefeitura do Rio, pelo telefone 1746.

O consumidor também deve permanecer atento a algumas características específicas de cada produto. Confira as dicas da Vigilância Sanitária:

 Bacalhau – Todo produto salgado deve ser armazenado em local seco e arejado. A ressalga das peças é proibida, pois mascara os primeiros sinais de deterioração do produto e aumenta seu peso. Não compre bacalhau que tenha manchas rosadas ou vermelhas na superfície das peças, o que indica contaminação por bactérias que se desenvolvem em produtos com alta concentração de sal. Rejeite também produtos com a presença de insetos, larvas, fungos ou bolores (pequenos pontos pretos).
  
Frutos do mar em geral – Os frutos do mar devem ser comercializados preferencialmente inteiros, para serem limpos e filetados na presença do consumidor. O pescado filetado ou em postas deve ser exposto à venda em balcão refrigerado, abastecido com gelo de água potável, em quantidade suficiente para manter a temperatura em torno de 0º C.
  
Somente adquira frutos do mar congelados quando devidamente embalados e rotulados, com dados do fabricante, número de registro, data de fabricação e validade. Após a compra, transporte-o rapidamente e acondicione-o sob refrigeração até o preparo. Não se deve colocar o pescado sobre folhas (verduras), para decoração, pois há risco de contaminação para os alimentos.

– Peixes – A carne deve estar firme e resistente à pressão dos dedos; com escamas brilhantes e bem aderidas à pele; olhos ocupando totalmente as órbitas; guelras úmidas e intactas (nunca esverdeadas); ventre cilíndrico, sem inchaço ou flacidez;

– Crustáceos – Camarões, siris e caranguejos devem ter cheiro próprio e agradável, carapaça aderida ao corpo. Camarões devem ser comercializados com cabeça e descascados somente na presença do consumidor, salvo no caso de terem sido embalados por uma indústria;

– Moluscos – As ostras e os mariscos devem apresentar a concha fechada e retenção de água limpa em seu interior e serem consumidos preferencialmente cozidos. Lulas e polvos devem apresentar coloração arroxeada, pele lisa e úmida, carne elástica, com olhos vivos e salientes nas órbitas.
  
Azeite – Pode ser embalado em lata ou vidro, não adquira embalagens danificadas, enferrujadas, amassadas ou estufadas. O azeite deve ter consistência fluida, aroma e cor característicos. Observe se consta na rotulagem os dados do fabricante, do país de origem, do estabelecimento produtor/importador, prazos de validade, data de fabricação e lote. A fraude mais comum é a mistura de azeite com óleo vegetal (soja), neste caso, a denominação correta do deve ser óleo composto.
  
Chocolate – Embora possa ser considerado alimento de baixo risco, o público principal são as crianças e é importante tomar alguns cuidados na hora da escolha: não adquira produtos com embalagem danificada, amassados, quebrados ou amolecidos; observe a rotulagem, que deve conter marca, dados do fabricante, lista de ingredientes, lote, datas de fabricação e validade. Os chocolates são produtos isentos de registro no Ministério da Saúde, à exceção dos diet, com registro obrigatório.

Os produtos artesanais também devem possuir rotulagem completa. Existem indústrias caseiras legalizadas, que atendem às normas sanitárias vigentes. Não compre produtos de locais clandestinos, sem procedência, pois podem conter substâncias nocivas à saúde ou ser preparados em condições de higiene insatisfatórias.

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